sexta-feira, dezembro 28, 2007

Valores.

O mundo parou, girou, voltou, a minha volta. Sumi, estou de volta. O Natal passou, e eu passei. Passei os dias sozinho, dentro de mim. No silêncio dos olhos escuros, da barba por fazer, do café frio em cima da mesa, do cigarro que queimava sozinho no cinzeiro. Minha crise de abstinência, dela. Se chama saudade, solidão. Ela me veio em uma manhã de sol, tão bonita no seu próprio simples. Ela foi embora, não sem antes me ferir, me consumir, me consumar, me consumei, de volta.

O destino é uma moeda de dez centavos.
A solidão é uma moeda de cinco centavos.
A saudade é uma moeda de vinte e cinco centavos.

A solidão diz que quando tem vergonha de algo ou de si, tem uma vontade extrema de correr, para nunca mais voltar.
A saudade diz que quando se sente só, tem uma vontade de sumir, sozinha.
O destino foi embora, por não existir, por não ser, só.